sexta-feira, 4 de novembro de 2011

YEMANJA

Yemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta."
Jorge Amado
É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. Em Cuba, é conhecida por Yemayá e também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.
Odoyá Mãe Yemanjá, Senhora da calunga grande, rainha do mar. Sincretizada com Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes, é a grande Mãe de toda vida na Terra. As cerimônias em sua homenagem são comumente feitas à beira-mar, as oferendas podem ser feitas na areia ou colocadas em um barquinho que é solto após passar (pular) por 7 ondas. Suas cores são o azul claro e branco, sua bebida é a sidra, espumante e champanhe. A mais tradicional Festa de Yemanjá acontece em Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Na verdade suas festividades e homenagens começam logo após o Natal e se estendem por todo mês de janeiro do ano seguinte em todo Brasil. Na praia de Copacabana as comemorações de Yemanjá marcam a passagem de ano e podem ser vistas também por toda orla marítima do Rio de Janeiro.
Qualidades :: Candomblé: Yemowô - que na África é mulher de Oxalá, Iyamassê - é a mãe de Sàngó, Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá, Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún, Yemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé, Yemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável, Yemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.
 

Dia da semana: Sábado
Data:
2 de fevereiro
Metal:
prata e prateados
Cor:
prata transparente, azul, verde água e branco
Comida:
manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá
Símbolos:
abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras
Arquétipo: (Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")
Tomamos emprestada a descrição do arquétipo de Yemanjá a Lydia Cabrera, sua filha, certamente a mais competente de todas aquelas que nos foi dado o prazer de conhecer: "As filhas (e filhos) de Yemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto".

No arquétipo psicológico,
segundo o livro 'Os Orixás', publicado pela Editora Três, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Yemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.

Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo. Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.

São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.

Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.
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Yemanjá = Santa Maria, Nossa Senhora
COR: Azul
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca. Local de entrega, na praia.
ERVAS (Banho de descarrego): Pata de Vaca – Folhas de Lágrima de N.Senhora – Erva Quaresma – Trevo e chapéu de couro - Rosas brancas.
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Lenda de Yemanjá
segundo o Candomblé
        Yemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás. Um deles foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris, “aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos.
       Cansada da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.” Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia. Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você, com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada.
       Certa vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.” Em sua fuga, Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum. Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher.
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda. Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.
Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por onde passar. Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio. Ouviu-se então: "Kakara rá rá rá" … Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em duas e, "suichchchch" … Yemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.
IMAGEM DE YEMANJÁ
Seus filhos chamam-na e saúdam-na:

“Odo Iyá, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Yemanjá, a rainha das águas, que usa roupas cobertas de pérola.”


Ela tem filhos no mundo inteiro.
Yemanjá está em todo lugar onde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la.


Odô Iyá, Yemanjá, Ataramagbá
Ajejê lodô! Ajejê nilê!
“Mãe das águas, Yemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!”
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Bibliografia: Livro: Lendas Africanas dos Orixás; autor: Pierre Fatumbi Verger / do site: http://www.ileaxe.com/

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ORAÇÕES CATÓLICAS A YEMANJÁ
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Ó Senhora do Perpétuo Socorro, mostrai-nos que sois verdadeiramente nossa Mãe, obtendo-me o seguinte benefício:
(faz-se o pedido)
e a graça de usar dela para a glória de Deus e a salvação de minha alma.
Ó glorioso Santo Afonso, que por vossa confiança na bem-aventurada Virgem conseguistes tantos favores e tão perfeitamente provastes, em vossos admiráveis escritos,
que todas as graças nos vêm de Deus pela intercessão de Maria, alcançai-me a mais terna confiança para com nossa Mãe do Perpétuo Socorro e rogai-lhe, com instância,
que me conceda o favor que reclamo de seu poder e bondade maternal.
Eterno Pai, em nome de Jesus e pela intercessão de nossa Mãe do Perpétuo Socorro e de Santo Afonso, peço-vos que me atendais para vossa glória e bem da minha alma. ASSIM SEJA.
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Prostrado aos vossos pés, ó grande Rainha dos céus, vos venero e confesso que sois filha do divino Pai, Mãe do Verbo divino e Esposa do Espírito Santo. Sois cheia de graça, de virtude e de dons celestes, sois templo puríssimo da Santíssima Trindade. Sois a tesoureira e dispenseira de suas misericórdias. Sendo vosso puríssimo coração cheio de caridade, de doçura e de ternura para conosco, pecadores, por isso vos chamamos mãe da divina Piedade. Por isso, com grande confiança me apresento a vós, mãe amorosíssima, aflito e angustiado, e vos peço fazer-me experimentar a caridade com que me amastes, concedendo-me a graça... se for conforme a divina vontade e para meu proveito. Volvei, vos suplico, os vossos puríssimos olhos a mim e a todos os meus próximos. Recordai-vos, terníssima mãe, que somos vossos filhos redimidos com o preciossísimo sangue de vosso Unigênito. Dignai-vos rogar incessantemente à Santíssima Trindade, a fim de que nos conceda as graças com as quais os justos se santificam e os pecadores se convertem. Rogai, mãe amorosíssima, esta graça pela infinita bondade de Deus, pelos méritos de vosso santíssimo Filho, pela solicitude com que o servistes, pelo amor com que amastes, pelas lágrimas que derramastes e pela dor que sofrestes em sua paixão. Alcançai-nos o grande dom que todo o mundo forme um povo e uma Igreja, que dê glória, honra e agradecimento à Santíssima Trindade a vós que sois a medianeira. Esta graça nos conceda o poder do Pai, a sabedoria do Filho e a virtude do Espírito Santo. Assim seja.
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Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Mãe de Deus criador do céu, da terra, dos rios, lagos e mares; protegei-me em todas as minhas viagens. Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas, não perturbem a minha embarcação e que monstro nenhum, nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso à minha viagem, nem me desviem da rota traçada. Virgem Maria, Senhora dos Navegantes, minha vida é a travessia de um mar furioso. As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no abismo do desânimo e do desespero. Nossa Senhora dos Navegantes, nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece; o ânimo e a disposição de lutar e de vencer tornam a me fortalecer. Com a vossa proteção e a bênção de vosso Filho, a embarcação da minha vida há de ancorar segura e tranqüila no porto da eternidade.
Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós.
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Querida Mãe Nossa Senhora Aparecida,
Vós que nos amais e nos guiais todos os dias,
vós que sois a mais bela das Mães,
a quem eu amo de todo o meu coração.
Eu vos peço mais uma vez que me ajudeis a alcançar uma graça.
Sei que me ajudareis e sei que me acompanhareis sempre,
até a hora da minha morte.

Reze 3 dias seguidos esta oração, em caso extremo fazer em 3 horas.

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